Bolsonaro afirma estar consternado com retenção de passaporte e acusa Moraes de “perseguição”.
- Alexandre Dehon de Almeida Lima
- 18 de jan.
- 2 min de leitura
O ex-presidente criticou o ministro, afirmando que ele "age conforme sua vontade" com o objetivo de "eliminar a direita no Brasil".

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou neste sábado (18) estar profundamente chateado e abalado com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o proibiu de viajar aos Estados Unidos para participar da posse do ex-presidente Donald Trump.
Bolsonaro classificou a medida como uma "perseguição descarada" por parte do ministro. “Estou chateado, abalado, mas enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa que, sozinha, decide a vida de milhões de brasileiros”, afirmou.
As declarações foram feitas a jornalistas enquanto Bolsonaro acompanhava sua esposa, Michelle Bolsonaro, no Aeroporto de Brasília. Michelle viajou a Washington para representá-lo na posse de Trump.
Em sua fala, o ex-presidente fez duras críticas a Moraes, acusando-o de agir de forma arbitrária. “Ele faz o que bem entende com o claro objetivo de eliminar a direita no Brasil”, disse Bolsonaro.
“Lamentavelmente, não pude comparecer a este evento nos Estados Unidos, mesmo sem ter qualquer condenação. [...] Não seremos derrotados por narrativas. Não é aceitável que uma pessoa no STF se coloque como dono da verdade e do mundo”, declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
À CNN, a assessoria do Supremo Tribunal Federal informou que não irá se manifestar sobre o caso.
Proibição de viagem aos EUANesta semana, o ministro Alexandre de Moraes negou a devolução do passaporte de Bolsonaro e proibiu sua viagem para a posse do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
A decisão foi baseada no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra a devolução do documento e a autorização para a viagem. Na última quarta-feira (15), o procurador-geral afirmou que não há no pedido da defesa de Bolsonaro qualquer evidência de que a viagem aos Estados Unidos atenderia a um "interesse vital" do ex-presidente.
Bolsonaro recorreu da decisão, mas o pedido foi novamente negado. Moraes argumentou que há risco de fuga do ex-presidente e destacou, no despacho, que Bolsonaro poderia agir “da mesma forma como vem defendendo a fuga e o asilo no exterior para diversos condenados com trânsito em julgado pelo plenário do STF, em casos relacionados à presente investigação”.
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