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Europa é peça-chave para a paz na Ucrânia, dizem ministros das Relações Exteriores

  • Foto do escritor: Alexandre Dehon de Almeida Lima
    Alexandre Dehon de Almeida Lima
  • 13 de fev.
  • 3 min de leitura
Direitos de autor Christophe Petit-Tesson/AP
Direitos de autor Christophe Petit-Tesson/AP

Ministros europeus reafirmam papel central da Europa em acordo de paz na Ucrânia

Os ministros das Relações Exteriores da Europa reuniram-se em Paris nesta quarta-feira (12) para discutir a situação na Ucrânia e reforçar a posição de que qualquer acordo de paz deve incluir Kiev e seus aliados europeus. O encontro ocorreu em meio a notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teriam concordado em iniciar "imediatamente" negociações para o fim do conflito.

Europa quer papel ativo nas negociações

Durante a reunião, que contou com a presença dos ministros das Relações Exteriores da Polônia, Espanha, Alemanha, França, Reino Unido e Ucrânia, os líderes diplomáticos enfatizaram que a segurança europeia está diretamente ligada ao desfecho do conflito na Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sybiha, reforçou a importância da participação europeia em qualquer solução duradoura: "A Europa desempenha um papel ativo na garantia de uma paz justa, abrangente e duradoura para a Ucrânia. A segurança da Ucrânia e a segurança europeia são indivisíveis."

O chefe da diplomacia polonesa, Radosław Sikorski, afirmou que seu país continuará pressionando por um maior apoio militar à Ucrânia e por novas sanções contra a Rússia. "Não existe melhor garantia para a segurança do nosso continente do que uma estreita cooperação transatlântica", declarou Sikorski. No entanto, ele enfatizou que os países europeus precisam assumir maior responsabilidade por sua própria defesa, reduzindo sua dependência dos Estados Unidos.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, também ressaltou a necessidade de um envolvimento europeu mais robusto no processo de paz. "Não haverá uma paz justa e duradoura na Ucrânia sem a participação ativa dos europeus", afirmou.

Trump e Putin planejam encontro

Enquanto os ministros europeus reafirmavam seu compromisso com a Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Trump e Putin concordaram em realizar uma reunião presencial em breve. Peskov acrescentou que Putin expressou disposição para receber autoridades americanas na Rússia, sinalizando um possível início de negociações diretas entre os dois países.

Essa movimentação diplomática gerou preocupação entre os líderes europeus, que temem que um acordo negociado sem a participação da Ucrânia e de seus aliados possa comprometer a soberania do país e fortalecer a posição russa no cenário global.

EUA descartam adesão da Ucrânia à OTAN

Ainda na quarta-feira, o novo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não faz parte das negociações para o fim da guerra. "Neste momento, a entrada da Ucrânia na OTAN não é considerada uma solução para garantir sua segurança", disse Hegseth.

Essa posição contraria os anseios do governo ucraniano, que vê a adesão à aliança militar como uma garantia de defesa contra futuras agressões russas. A declaração também reforça o receio europeu de que Washington possa buscar um acordo que beneficie sua relação com Moscou, mas que não necessariamente atenda aos interesses da Ucrânia e de seus aliados.

Caminhos para a paz

A reunião em Paris serviu para fortalecer o posicionamento dos países europeus e garantir que sua voz seja ouvida no cenário diplomático global. Com o conflito se arrastando há mais de dois anos, as potências ocidentais buscam alternativas para um desfecho que respeite a soberania da Ucrânia, sem abrir margem para concessões unilaterais que favoreçam a Rússia.

Nos próximos dias, os líderes europeus levarão suas preocupações para a Conferência de Segurança de Munique, onde devem pressionar os EUA para um compromisso mais claro com a segurança da Ucrânia. O desfecho das negociações ainda é incerto, mas uma coisa é clara: a Europa não aceitará ser deixada de lado na busca por uma solução para o conflito.

 
 
 

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