top of page
Logo1
Buscar

Ainda Estou Aqui' conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional em noite histórica

  • Foto do escritor: Alexandre Dehon de Almeida Lima
    Alexandre Dehon de Almeida Lima
  • 3 de mar.
  • 2 min de leitura

"'Ainda Estou Aqui' conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional em noite histórica"


LOS ANGELES – O Brasil celebrou uma conquista inédita na noite deste domingo, 2 de março de 2025, ao vencer seu primeiro Oscar com Ainda Estou Aqui, eleito o Melhor Filme Internacional na 97ª edição do Academy Awards. O drama dirigido por Walter Salles, que retrata os horrores da repressão durante a ditadura militar (1964-1985), superou uma disputa acirrada contra fortes concorrentes: Emilia Pérez (França), A Garota da Agulha (Dinamarca), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).


Baseado no livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, o filme narra a história real do desaparecimento de Rubens Paiva, político e engenheiro preso e assassinado pelo regime em 1971, sob o olhar de sua família. Com atuações marcantes de Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar em 1999 por Central do Brasil, e Fernanda Torres, o longa emocionou a plateia do Dolby Theatre ao ser anunciado como vencedor. Em seu discurso, Salles dedicou o prêmio às vítimas da ditadura: "Este é para aqueles que lutaram por justiça e nunca foram esquecidos. O cinema pode curar feridas e iluminar a história."


A vitória marca um momento histórico para o cinema brasileiro, que, apesar de indicações anteriores — como O Pagador de Promessas (1962), O Quatrilho (1995) e Cidade de Deus (2002) —, nunca havia levado a estatueta para casa. Ainda Estou Aqui já havia conquistado elogios internacionais, incluindo o Prêmio do Júri no Festival de Veneza em 2024, e chegou ao Oscar como favorito após uma campanha intensa nos EUA, apoiada por nomes como Martin Scorsese, que classificou a obra como "um grito necessário contra o silêncio".


A cerimônia, transmitida ao vivo para mais de 200 países, também destacou a diversidade da categoria, com narrativas poderosas de diferentes culturas. O francês Emilia Pérez, musical dirigido por Jacques Audiard, era visto como principal rival, enquanto o dinamarquês A Garota da Agulha, de Magnus von Horn, surpreendeu pela fotografia sombria e impacto emocional. Apesar da concorrência, o júri da Academia optou pela força histórica e emocional do filme brasileiro, que estreou nos cinemas em novembro de 2024 e já arrecadou US$ 25 milhões globalmente.


No Brasil, a vitória foi celebrada com entusiasmo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou a equipe em redes sociais: "Um marco para nossa cultura e um lembrete da importância de contar nossas histórias." Cineastas como Kleber Mendonça Filho (Bacurau) e Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?) também exaltaram o feito, destacando o renascimento do cinema nacional após anos de cortes no setor cultural.


Salles, visivelmente emocionado, agradeceu à equipe e ao público brasileiro nos bastidores: "Esse Oscar é de todos nós. É a prova de que o cinema pode transcender fronteiras e tocar o mundo." A conquista chega em um momento de retomada para a indústria audiovisual brasileira, impulsionada por incentivos recentes do governo e parcerias internacionais.

 
 
 

Commentaires


Receba nossas atualizações

Obrigado pelo envio!

  • Ícone do Facebook Branco
  • Ícone do Twitter Branco

© 2025 por Janela Global. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page