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Roubo do Século": Hackers invadem sistema ligado ao Banco Central e desviam até R$ 1 bilhão

  • Foto do escritor: Alexandre Dehon de Almeida Lima
    Alexandre Dehon de Almeida Lima
  • 3 de jul.
  • 3 min de leitura
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Ataque cibernético atinge contas reservas de instituições financeiras via empresa terceirizada e levanta debate sobre a segurança do sistema bancário nacional

Na última segunda-feira (1º de julho), o Brasil foi sacudido por um dos maiores ciberataques de sua história. Hackers invadiram o sistema da C&M Software, empresa que presta serviços de conectividade entre instituições financeiras e o Banco Central (BC), e conseguiram desviar valores estimados entre R$ 400 milhões e R$ 1 bilhão de contas reservas de ao menos seis instituições bancárias.

A invasão foi sofisticada e utilizou credenciais falsas de clientes da C&M Software, permitindo o acesso indevido às contas reservas — instrumentos utilizados por bancos para operações de liquidação via Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), base do Pix.

Segundo a empresa e o próprio Banco Central, nenhuma conta de clientes finais foi afetada diretamente. Ainda assim, o episódio expõe vulnerabilidades preocupantes em prestadores de serviços terceirizados com acesso à espinha dorsal do sistema financeiro nacional.

🧨 Como o ataque aconteceu

De acordo com reportagem do Valor Econômico e do Brazil Journal, os invasores utilizaram credenciais simuladas para realizar movimentações ilícitas via o sistema de comunicação entre bancos e o BC. Ainda não se sabe se houve vazamento interno, mas o grau de sofisticação do ataque surpreendeu até especialistas.

O Banco Central suspendeu imediatamente a conexão da C&M Software com seus sistemas e afirmou estar colaborando com Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e órgãos reguladores na investigação.

A empresa vítima afirmou, em nota, que parte dos valores desviados foi recuperada graças ao Mecanismo Especial de Devolução (MED) — dispositivo que permite o estorno de recursos em casos de fraude ou erro operacional, mas que não é plenamente eficaz em casos de movimentações via criptoativos, como suspeita-se que ocorreu em parte dos desvios.

🔍 Repercussão e medidas

A magnitude do ataque foi suficiente para que especialistas em segurança cibernética classificassem o episódio como “o maior ciberataque já registrado contra o sistema bancário brasileiro”. O temor agora é com o efeito dominó em instituições menores, que dependem fortemente de prestadores como a C&M para se integrar ao sistema do Banco Central.

O episódio também levantou debates urgentes sobre a governança de segurança digital em instituições financeiras, especialmente no uso de terceirizadas com acesso à infraestrutura crítica do sistema financeiro.

“Este caso evidencia a fragilidade do ecossistema de integração do Pix e a necessidade de uma auditoria mais rigorosa em prestadores de conectividade,” declarou o especialista em cibersegurança Fabio Assolini, em entrevista à Exame.

🛡️ O que pode mudar daqui para frente

O Banco Central sinalizou que poderá reforçar a regulação sobre empresas que atuam como intermediárias técnicas, exigindo padrões de cibersegurança mais elevados e auditorias frequentes. Também é esperada a intensificação do uso de inteligência artificial na detecção de padrões incomuns de transações financeiras.

O caso ainda está em investigação, mas já representa um marco na história dos crimes cibernéticos no país. E deve acelerar uma revisão da forma como o Brasil protege sua infraestrutura financeira digital.

📚 Fontes:

 
 
 

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